Quando decidi me tornar vegetariana, apenas segui minha intuição. Era um dia comum quando programava alguns posts para a Rede Solidária Você Feliz e me deparei com o intrínseco questionamento:
“Como eu posso pedir para as pessoas salvarem baleias, elefantes, golfinhos e tantos outros animais da extinção, da caça vil e do massacre injustificado se eu continuo comendo a carne do boi, galinha e peixe? Não há diferença entre eles. Todos são animais. Como posso ser tão hipócrita? E quanto aos princípios universais?”
Inconformada com minha farsa perante a minha essência, decidi, então, eliminar qualquer tipo de consumo de carne animal do meu cardápio. No almoço do mesmo dia investi na ação, ao invés de ficar meramente na filosofia de que algum dia daria tal passo. Foi uma das melhores decisões da minha vida: ouvir e seguir o meu pressentimento.
Primeiro porque eu fui honesta comigo mesma. E, na sequência, porque colhi resultados incríveis nos meus corpos físico, mental e espiritual. No físico, evidentemente e de bate-pronto, deixei de ser uma pessoa enfezada, ou seja, alguém com constipação intestinal (ou retenção fecal) que acaba ficando mal-humorada. Minha digestão era precária e minha impaciência era uma realidade notória. Por vezes, nem eu mesma aguentava minha zanga e irritabilidade. Depois da prática do vegetarianismo, expandi minha liberdade em alegria e bem-estar corporal.
Também percebi que à medida que a prática comportamental do vegetarianismo era assimilada pelo meu corpo, percebia-o, como matéria, menos denso. E, claro, não é para menos, uma vez que minhas células já estavam libertas de elementos instintivos, alinhando-se com os princípios universais e se aproximando, cada vez mais, da sutileza e essência do universo, eu tinha conseguido purificar meu corpo, pelo menos em grande parte.
Eu sou vegetariana há mais de 8 anos. De lá para cá, não sei o que é médico, hospital e, muito menos, remédio. Uma liberdade ímpar!
No corpo mental, me senti mais positiva, com pensamentos leves e, claro, uma notória consciência da minha escolha. Pode parecer piegas, mas depois que adquirimos determinado conhecimento, a escolha é sempre de cada um, segundo sua própria lucidez seja da sua essência, seja da significação e entendimento da vida.
Já é sabido que o produto animal deixa as células opacas, principalmente as células cerebrais. Então, por que o homem continua mantendo o estorvo de sair da cadeia alimentar animal já que somos ditos evoluídos? Concluo que seja por conta da tendência de não querer se libertar, de ser indivíduos realmente livres. Isso é o que dificulta tal decisão e continua promovendo a escravidão dessa dependência do homem para com ele mesmo.
Alinhado com os princípios universais: onde fica o amor?
Segundo José Trigueirinho Netto (1931—2018), escritor e filósofo-espiritualista, “a necessidade da carne animal é por conta de corpos condicionados ao uso. (…) As células do cérebro que come carne evoluem até um certo ponto, pois não compreendem tudo, formando um cérebro limitado. As células não mais respondem por conta das toxinas da carne impregnada nas células físicas, astrais e mentais, uma vez que o animal passa por uma dor, um medo ou um terror muito forte na hora de ser assassinado.”
No corpo espiritual, esse ganho foi ainda mais evidente. Meu magnetismo alcançou outros níveis de vibração e, desta forma, minha conexão com meu Eu Superior é, de fato, uma realidade. Ao limpar as densas energias e transmutá-las em amor, os fluidos cósmicos e etérico me possibilitaram receber energias de outras dimensões ou níveis divinos. Além disso, minha intuição ficou apurada e acertada. Capto com muita clareza eventos sutis nesta e em outras dimensões. Em suma, eu manifesto o Divino que há em mim e os animais sentem tais evidências.
O cientista Nikola Tesla já falava sobre esse assunto em como aumentar a energia humana em sua contribuição revolucionária no campo do eletromagnetismo no fim do século XIX e início do século XX. Aliás, segundo consta, ele era vegano.
Ainda segundo Trigueirinho: “(…) enquanto o homem comer carne vermelha de animais assassinados vai haver guerras, pois o homem paga com o próprio sangue, o sangue dos animais que ele derrama.” Isto posto, do ponto de vista planetário, certamente, entendo que além de cooperar com a diminuição das guerras, eu também cumpro a função Divina do reino ao qual pertenço.
Falando em reinos, é bom que se esclareça que todos os reinos estão interligados.
Tudo o que fazemos no reino humano, reflete nos demais reinos e vice-versa. Se o reino humano evolui, o reino animal, vegetal e mineral também progridem dentro do nicho ao qual pertencem. A nossa ação positiva de evitar matança, maus-tratos e exploração faz com que possamos nos elevar. De mais a mais, expandimos a nossa consciência, o sentimento e percepção de outros reinos na busca do aumento da vibração na Terra. Também já é comprovado que os animais são seres sencientes. Falarei disso em outra oportunidade.
Com essa minha escolha de vida, eu nunca deixei de me socializar com as pessoas (carnívoras ou não), pois entendo que esse subterfúgio é uma crença limitante que, definitivamente, eu não tenho. Ou, para outros, trata-se de meras desculpas para o fracasso de um intento. Contudo, isso não é um assunto meu, pois compreendo que cada um deve cuidar do seu jardim e do espaço vibratório ao qual lhe pertence, ao qual lhe foi designado.
Por vezes, sinto que a minha escolha, incomoda muito algumas pessoas, principalmente as mais próximas ao meu convívio. Mas, de novo: isso não é uma questão minha. Sei lidar muito bem com o julgamento alheio e, aqui e agora, eles não mais me afetam. Então, sigo em frente.
Não faço apologia ao vegetarianismo, pois entendo que a expansão de amor, em cada um, chega no tempo perfeito. E pode até nem chegar, não obstante, está tudo exato, pleno e sublime.
Resolvi contar a minha experiência, pois eu acredito sim que, cada um fazendo a sua parte, por secundário que seja, conseguiremos edificar um mundo mais amável. E, um planeta aprazível só depende da verdade íntegra que cada um imprime em vida.
Sejamos nós, então, cada um no seu cada um!
2 comentários
Amor e guarda responsável — Ana Dantas · 17/08/2020 às 9:03 AM
[…] eu falarei da senciência animal com mais acuidade. Por ora, recomendo a leitura do artigo “Vegetarianismo, alinhado com os princípios universais” para ampliar mente, consciência e […]
Inteligentes e sencientes — Ana Dantas · 18/01/2021 às 9:10 AM
[…] todo homem evoluído fatalmente é vegetariano.” Leia mais sobre esta questão no meu artigo “Vegetarianismo, alinhado com os princípios universais”. Se já temos ciência de que há presença em tudo, qual o motivo de a maioria dos seres […]