Você já pensou em ser amigo fiel de sua liberdade? Nem todos conseguem usufruir dessa independência de forma singular. Muitos dizem que o tem, mas são tão presos a crenças sociais limitantes que, por vezes, nem se dão conta disso. Ou seja, tem a teoria, mas não exercem em plenitude a prática dessa emancipação. Com certeza a amizade da liberdade em cada indivíduo é muito mais integra quando a pessoa simplesmente é ela.
Sob o ponto de vista da minha licença poética, se o cientista Wolfgang Pauli já apontou existência de grau de liberdade extra dos elétrons — conceito conhecido como spin — fico aqui pensando o poder que há em cada um de nós para exercer nossa emancipação plena, já que nossa matéria é constituída por elétrons. Ou seja, temos todas as ferramentas para dar saltos quânticos incríveis, mesmo sabendo que para desfrutarmos tais movimentos de liberdade completa trata-se de uma jornada puramente individual.
Mordaças contemporâneas
Considerando que, em teoria, o tempo da escravidão deveria ser conjugado no passado, na prática, não o é. De tempos em tempos, se inventam uma mordaça contemporânea para fortalecer a programação de que é importante que tenhamos líderes. Assim “foram” com os negros, índios, crianças, mulheres e tantos outros exemplos, e, continuarão sendo até que permaneçamos permissivos e colaborando com todo esse velho e arcaico sistema.
As mordaças contemporâneas são as máscaras para “proteger” de um simples vírus. Quando vamos nos dar conta de que a palavra amor significa: A=sem/não, e, Mor= morte, ou seja, em um linguajar mais coloquial: vida eterna? Assim, ter medo da trajetória natural é negar a essência evolutiva da experiência de vida. Então, tem-se medo de quê? Será que não vê que o medo atrai a morte e o amor é que perpetua a vida? O poder está em nossa mente e enquanto cultivarmos o medo, ao invés do amor, muitos morrerão, pois não estão preparados para a nova era que, inclusive, bate em nossa porta e está entrando.
Quando se expande o conhecimento, começamos a ter ciência de que fomos programados para termos líderes, mandantes, chefes e afins, quando na verdade o líder sou eu e está em mim, ou ainda, o líder é você e está em você. Este tipo de programação exclui nossa consciência de que a liderança e liberdade são individuais. Prova disso são os atuais modelos de negócio piramidal, ditos “legais”, onde a maioria são escravos de uma minoria. Que falsa liberdade é essa? Será que não está na hora de arrancarmos de uma vez tais mordaças contemporâneas e acordar para a vida?
Liberdade cerceada
O padrão da nossa atual sociedade é vibrar no medo, alimentando o preconceito, julgando o semelhante, apegando-se às diversas religiões, matéria e as suas crenças. E tudo isso nos aprisiona. Segundo Maria Antonia Ospina, os cavaleiros do apocalipse são política, religião, economia e ciência. Para ela, a insegurança da ciência é um obstáculo para não realizarmos nossos projetos. A política é a sua permissão, ou seja, o seu pedido de autorização para fazermos o que queremos. A economia é o vitimismo do não tenho como fazer. A religião é a suposta punição do devo ou não fazer. Lembre-se que Cristo pregava ao ar livre, pois ele já entendia que as igrejas estão dentro de cada um.
Nesse contexto, nossa liberdade vai sendo cerceada. Dar poder para outra pessoa, nos separa do nosso poder interno e divino, e, consequentemente, da nossa dignidade. Por isso, é tão importante despertar, pois a vida acontece no aqui e agora.
O despertar é uma viagem interior em que acordamos para a nova era a fim de realizar projetos e não mais sonhar com eles. E o medo e a submissão nos impede de sermos autêntico e arrojarmos em nossa felicidade. Ou seja, o protagonismo está no individuo, na essência do “Eu Sou” e do poder que há em nós. Poder este que a grande parcela da humanidade não conhece, pois já se acostumou a ser manipulada e subserviente.
Perfeito salto quântico
A primeira vez que resolvi saltar de paraquedas, tenho de confessar, não senti a menor ponta de medo. Eu aproveitei todo o processo: do planejamento da viagem à aterrissagem. Foi o melhor presente de aniversário que eu pude me dar! E isso significa que eu estava sendo mais corajoso do que outro? Não, mas eu estava sendo eu.
Ao subir no avião, fiquei encantada com a paisagem. Admirei os tantos tons de verde da grama quanto as vacas andando pelo imenso pasto. O céu estava lindo e limpo, um azul e branco impecáveis.
Ao saltar em queda livre, senti poder. Uma sensação indescritível de soberania, autoridade, domínio e força. Quando o paraquedas se abriu e pude desfrutar um pouco mais da paisagem, senti liberdade plena. Saboreei o meu entorno como um passarinho em ousadia e audácia. Me deliciei com honestidade, tamanho atrevimento e coragem. Decide e fiz, simples assim.
Não escutei qualquer tipo de sabotador (interno ou externo) ou sequer pedi permissão, apenas me diverti. E como me diverti! Dancei com a liberdade em pleno ar, sentindo o sabor do vento e o calor do alento. Afinal, viemos aqui nesse tempo com a decisão de mudança em nós e, para mim, a melhor e mais sincera amizade que nutri nos últimos tempos, sem sombra de dúvidas, foi a minha liberdade. Brindo a ela todos os dias: tim-tim!
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