O mundo e as pessoas vão lhe tratar como você se trata. Isso é fato! O rejeitável sempre atrairá a rejeição. A vítima irá atrair o seu algoz e assim por diante. Nesse tipo de interação, somos livres para escolher inúmeros caminhos e infinitas possibilidades de nos exercitar e lapidar nossa essência ou apenas experienciar a vida terrena. Em suma, na doutrina do ensinamento, podemos optar pelo analfabetismo ou pela educação.
Termos consciência disso e estarmos abertos para exercer nosso poder interior faz muita diferença na vida cotidiana. Neste momento, eu tenho algumas possibilidades: uma delas é trazer inúmeros dados e pesquisas a fim de apresentar o analfabetismo como algo calamitoso na vida das pessoas, bem como de uma nação, reforçando o vitimismo de toda uma geração, ou, trazer narrativas reais de méritos individuais, inspirando cidadãos a não culpar os outros pelos seus males. Sem sombra de dúvidas, opto sempre pelo caminho inspirador, pois este é o poder da minha escrita e assim decido exercê-la desde sempre.
Não é o outro que faz comigo, sou eu que faço comigo primeiro
Quando você se coloca no estado de poder, você já revela ao mundo o que quer e para que veio. Desta forma, consegue mudar todas as relações metafísicas e, inclusive, transforma a forma como o outro deva se relacionar contigo. Entender esse detalhe é o ponto de partida para uma mudança efetiva. Fato!
No meu livro Espiritualidade: A nova era (P.234), o espírito do Dr. Marcos C. A. de Campos já dizia que “a espiritualidade ajuda, mas não impõe nada”, citando um exemplo hipotético de quando um indivíduo encarnado está caminhando junto com a missão do corpo fluídico e usa o seu livre arbítrio de forma efetiva. Por exemplo, o indivíduo é predestinado para vir como um médico a fim de exercer a cura através da medicina, mas, aquele corpo fluídico encarna como filho de uma favelada. Ou seja, o ambiente não propicia sua evolução profissional. Contudo, este mesmo indivíduo, estando conectado aos seus propósitos, faz com que a espiritualidade lhe mostre caminhos e alternativas viáveis para que ele possa fazer uma universidade mesmo com seus recursos escassos.
Pensamento de dúvida, de falta de esperança ativa o medo
Basta conduzir nosso olhar para uma vibração positiva para vermos quantos exemplos reais e inspiradores temos no nosso cotidiano. O vigia Sidnei Rodrigues de Andrade lê um livro a cada 3 dias. Tal hábito de superação fez com que ele fosse promovido a auxiliar da biblioteca de livros didáticos da Universidade ao qual já era funcionário. Já o ex-catador Cícero Pereira Batista superou a orfandade de pai, uma mãe alcoólatra e assassinatos de dois dos seus dez irmãos para se tornar um médico. E, por fim, mas não menos importante, a alagoana Mariana da Silva Santos, filha única de mãe solteira e que trabalhou como empregada doméstica até se aposentar é a única da família a ter nível superior e, mais do que isso, se tornou doutora em Ciências da Saúde.
Por vezes, eu fico imaginando a potência de país que o Brasil seria se todos os analfabetos se rebelassem — primeiro em si, exercendo seu poder pessoal —, e, genuinamente escolhessem vivenciar a plenitude da capacidade de seu intrínseco ser, inspirados nos Sidneis, Cíceros e Marianas. O poder de superação de sair da zona de conforto e o desejo de exercer sua totalidade de ser, no amplo sentido, tornar-se-iam ferramentas de prosperidades únicas.
E o que os impede de serem plenos? O medo, a dúvida, a vergonha, a culpa, a apatia, o orgulho e tantas outras emoções de baixa vibração. O papel de vítima na sociedade brasileira está tão arraigado a tanto tempo em nossa história e DNA que é mais fácil manter o discurso de que todos os governos foram culpados do que sair de cima do muro e se posicionarem como seres de poder e luz, escolhendo com consciência o que realmente quer viver.
O pensamento consciente também cria um campo quântico
Desejar pequenos ou grandes sonhos investem-se a mesma energia. A diferença está na origem do seu pensamento, pois este é que cocria um campo quântico de oportunidades. É exatamente como também já disse em outro artigo meu: “Superar é ter apenas o plano A!” Dito isto, fica o questionamento: O que impede de o indivíduo expandir horizontes, saindo do analfabetismo, para viver em plenitude a sabedoria que lhe é natural se já dispomos de tanto conhecimento gratuito nas mais diversas formas e possibilidades?
Tendo a intenção de inspirar valorosas trajetórias de vida, eu compus o livro Teté do Abaeté que em breve será lançado pela Editora Paulus com a ilustração de Sandra Ronca. Na narrativa, Teté, uma descendente de escravos, supera o seu histórico de analfabetismo para ensinar ao seu filho uma das inúmeras possibilidades de amor autêntico.
Fique de olho nas minhas redes sociais para se contagiar com este amor legítimo entre mãe e filho. Além do português, o livro também estará disponível na versão em inglês. Enquanto o livro está sendo finalizado, fique com a minha poesia Eu Sou Abaeté e deixe seu comentário sobre ela aqui também!
Para findar, te pergunto… Na doutrina do ensinamento, qual o lugar que você quer se posicionar: analfabetismo ou educação?
8 comentários
Andrea · 28/08/2020 às 12:27 PM
Perfeita visão aninha!!!😉
Ana Dantas · 28/08/2020 às 10:33 PM
Sim, Andrea, uma visão mais de acordo com a nova era. Gratidão pelo comentário! 🌹🌸💜
Telma Costa Gomes · 28/08/2020 às 1:06 PM
Muito boa visão, mas ainda vejo os governos como culpados, e venfo as exceções como casos de “meritocracia”.
Ana Dantas · 28/08/2020 às 10:38 PM
Sim, Telma, esta visão tem muito a ver com a nova era e a expansão da consciência onde o poder está no individuo. Exatamente por isso, na atual transição planetária a qual estamos vivenciando, ainda se faz necessário que muitas pessoas sejam despertas para este poder interior. Temos um longo caminho até que todos entendam essa visão quântica, mas a boa notícia é que todos serão despertos de um jeito ou de outro. Cada um a seu tempo e com suas livres e maravilhosas experiências. Bom te ver por aqui, volte sempre e grata pelo seu comentário. Adoro acolher a diversidade! 🌹🌸💜
Cristina · 03/09/2020 às 8:54 AM
Linda reflexão
Ana Dantas · 08/09/2020 às 11:58 PM
Grata pela sua visita, Cristina!!!!
Sandra Ronca · 10/09/2020 às 3:40 PM
Bela reflexão. O que você escreve vai de encontro com o que tenho lido, no sentido de efetivamente irmos pra ação na mudança que queremos. Primeiro em nós, depois no entorno. Devemos ter ciência também de que há sim um racismo estrutural e devemos combatê-lo. Vermos o que foi errado, o que não serve mais e promovermos as mudanças, com novos olhares, posicionamentos e atitudes.
Gostei muito de te conhecer e ilustrar Teté do Abaeté. Gratidão!
Ana Dantas · 10/09/2020 às 6:25 PM
Sandra, querida, seu comentário é perfeito. Muito pertinente! A mudança começa em nós, sem sombra de dúvidas. Aos poucos, a consciência nos vai chegando e vamos quebrando paradigmas para nos desenvolver e fazer com que os seres vivos se libertem de tantas crenças sociais. Amei as ilustrações de Teté do Abaeté e tenho absoluta certeza que elas vão encantar muitos leitores, assim como fui arrebatada em amor pelos seus traços coloridos. Gratidão imensa!!